- Para aqueles que falam Português, aqui está um artigo que fala do nosso movimento
- Pour ceux qui parlent portugais, voici un article de RFI Brésil ;
Source : RFI Brésil
Um forte movimento de contestação se organiza e defende a tomada do poder pelo povo no dia da festa nacional da França. Organizado essencialmente nas redes sociais com o apoio de mídias alternativas e grupos anarquistas, o Movimento do 14 de Julho promete reunir milhares de pessoas para protestar contra o governo. A insatisfação geral com a política, os recordes nos índices do desemprego, a decepção com setores-chave do país, como a educação e a saúde, e a ausência de resultados concretos nos planos econômico e social motivam a revolta.
- Pour ceux qui parlent portugais, voici un article de RFI Brésil ;
Source : RFI Brésil
Um forte movimento de contestação se organiza e defende a tomada do poder pelo povo no dia da festa nacional da França. Organizado essencialmente nas redes sociais com o apoio de mídias alternativas e grupos anarquistas, o Movimento do 14 de Julho promete reunir milhares de pessoas para protestar contra o governo. A insatisfação geral com a política, os recordes nos índices do desemprego, a decepção com setores-chave do país, como a educação e a saúde, e a ausência de resultados concretos nos planos econômico e social motivam a revolta.
O idealizador do movimento, o escritor Eric Fiorile, diz que a
ideia do protesto nasceu há pouco mais de um ano, ao perceber a
crescente insatisfação, mas também a inércia dos franceses. Através das redes sociais,
os grupos se mobilizaram e passaram a se encontrar para discutir
soluções e alternativas. Depois de um ano de trabalho, resolveram partir
para a ação.
"Há uma riqueza extraordinária no país. Mas ela se concentra nas mãos de poucas pessoas, enquanto o povo vive extremamente mal e a situação se agrava a cada vez mais. Há muitas pessoas denunciando essa degradação, na educação, na saúde, na economia e finanças, mas ninguém faz nada", lamenta.
Apesar de improvável, Fiorile defende a invasão do Eliseu, sede do governo francês, logo após o desfile militar que acontece na data. O objetivo, diz ele, é colocar o povo na liderança do país.
"Vamos nos reunir nessa data simbólica para que possamos utilizar o 14 de julho para a tomada do poder pelos franceses e para que possamos organizar um governo de transição. E, depois, em conjunto, vamos refletir sobre a criação de uma nova constituição e uma nova forma de governo", prevê.
Conselho Nacional de Transição
Para gerenciar essas mudanças, o grupo criou o Conselho Nacional de Transição (CNT), que conta com cerca de 200 pessoas, sem nenhum vínculo com vertentes ou partidos políticos. A estratégia é explicada em vídeos que vem sendo publicados no YouTube. Segundo um dos porta-vozes do CNT, Duarte Monteiro, o grupo pretende colocar em prática um poder descentralizado.
"O objetivo é de não impor nada. Se os franceses quiserem um rei, eles terão um rei. O importante é escutar o povo. Pretendemos substituir esse modelo hierárquico da República, que não é democrático", avalia.
Para Monteiro, os maiores partidos de esquerda, o Partido Socialista
(PS) e de direita, e os Republicanos, antiga União para um Movimento
Popular (UMP), se alternam há vários anos no poder e não representam
mais os desejos e as necessidades dos franceses. Uma prova é o alto
índice de abstenção a cada eleição na França.
"O restante dos partidos são os extremistas. E, quando eles passam para o segundo turno, os eleitores voltam a escolher partidos que não são considerados como radicais. O que queremos é uma verdadeira democracia", ressalta.
Insatisfação é geral
O brasileiro João Cândido Felisberto mora há 20 anos na França. Embora ele não acredite na tomada do poder pelo Movimento 14 de Julho, ele vai participar da manifestação. Para ele, desde que chegou ao país, os franceses nunca estiveram tão insatisfeitos.
"Em todos os lugares, todos os dias, eu percebo isso, seja na padaria, no metrô, no trabalho. Essa é uma reação natural a esse abandono total do cidadão que trabalha, que paga imposto e que não vê seus direitos e interesses sendo priorizados pelos governos", relata.
O Movimento 14 de Julho vem ganhando adesão em toda a França. Embora nem todos os participantes estejam de acordo com ideia da invasão do Eliseu, há unanimidade sobre o sentimento de decepção com os governos e as instituições públicas e a necessidade de demonstrá-lo com em um protesto que promete reunir milhares.
"Há uma riqueza extraordinária no país. Mas ela se concentra nas mãos de poucas pessoas, enquanto o povo vive extremamente mal e a situação se agrava a cada vez mais. Há muitas pessoas denunciando essa degradação, na educação, na saúde, na economia e finanças, mas ninguém faz nada", lamenta.
Apesar de improvável, Fiorile defende a invasão do Eliseu, sede do governo francês, logo após o desfile militar que acontece na data. O objetivo, diz ele, é colocar o povo na liderança do país.
"Vamos nos reunir nessa data simbólica para que possamos utilizar o 14 de julho para a tomada do poder pelos franceses e para que possamos organizar um governo de transição. E, depois, em conjunto, vamos refletir sobre a criação de uma nova constituição e uma nova forma de governo", prevê.
Conselho Nacional de Transição
Para gerenciar essas mudanças, o grupo criou o Conselho Nacional de Transição (CNT), que conta com cerca de 200 pessoas, sem nenhum vínculo com vertentes ou partidos políticos. A estratégia é explicada em vídeos que vem sendo publicados no YouTube. Segundo um dos porta-vozes do CNT, Duarte Monteiro, o grupo pretende colocar em prática um poder descentralizado.
"O objetivo é de não impor nada. Se os franceses quiserem um rei, eles terão um rei. O importante é escutar o povo. Pretendemos substituir esse modelo hierárquico da República, que não é democrático", avalia.
"O restante dos partidos são os extremistas. E, quando eles passam para o segundo turno, os eleitores voltam a escolher partidos que não são considerados como radicais. O que queremos é uma verdadeira democracia", ressalta.
Insatisfação é geral
O brasileiro João Cândido Felisberto mora há 20 anos na França. Embora ele não acredite na tomada do poder pelo Movimento 14 de Julho, ele vai participar da manifestação. Para ele, desde que chegou ao país, os franceses nunca estiveram tão insatisfeitos.
"Em todos os lugares, todos os dias, eu percebo isso, seja na padaria, no metrô, no trabalho. Essa é uma reação natural a esse abandono total do cidadão que trabalha, que paga imposto e que não vê seus direitos e interesses sendo priorizados pelos governos", relata.
O Movimento 14 de Julho vem ganhando adesão em toda a França. Embora nem todos os participantes estejam de acordo com ideia da invasão do Eliseu, há unanimidade sobre o sentimento de decepção com os governos e as instituições públicas e a necessidade de demonstrá-lo com em um protesto que promete reunir milhares.
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